Pois então, galera. Faz um bocado de tempo que eu não dou as caras por estas terras de Entre-Douro-e-Minho, por uma porção de motivos.
Eu comecei a trabalhar no final de julho, o que me deixou com menos tempo livre para dedicar às atividades blogareiras. Além disso, eu chego em casa com variáveis graus de cansaço, e conseqüentemente menos inclinado a sentar e escrever. (Ultimamente eu tenho chegado menos cansado do que inicialmente, talvez porque eu agora eu já tenha me acostumado melhor com a rotina. Mas eu ainda continuo chegando com uma certa dose de zonzeira na cabeça, o que eu desconfio que tem mais a ver com o barulho do ônibus e do ar-condicionado do serviço do que com cansaço em si, mas ainda não testei essa hipótese.)
Quanto ao trabalho, está sendo bem bacaninha. Estou trabalhando como desenvolvedor Python, que das linguagens mais mainstream acho que é a que eu mais gosto, e tenho aprendido bastante coisa sobre as tecnologias da modinha (plot twist: elas são úteis). A única coisa não muito empolgante é que estamos trabalhando sobre uma codebase herdada de uma outra empresa, e que foi desenvolvida usando técnicas de programação um tanto quanto, digamos, interessantes.
Outra coisa que eu descobri por lá é que o futuro do subjuntivo irregular ("fizer", "tiver", etc.) está mais morto do que eu pensava, mas isso é assunto para outra ocasião.
Outra coisa que eu tinha (e tenho) tomando meu tempo livre é o mestrado, e o tempo que não era comido pelas atividades do mestrado era comido pela preocupação de achar que devia estar fazendo as atividades do mestrado. Depois de ter tido um segfault na cabeça no fim-de-semana retrasado tentando terminar um paper para semana passada, eu decidi parar de me preocupar com o mestrado por enquanto, o que em termos de saúde mental parece ter sido uma ótima decisão. Eu pretendia falar um pouco mais sobre a situação do mestrado, mas acho que vai ficar para depois de eu o ter concluído (ou de eu ter sido chutado dele por timeout).
Normalmente, meu workflow para escrever um post é: (1) pegar um tópico; (2) escrever sobre o tópico até exaustão (tanto do tópico quanto do autor) por qualquer quantidade de tempo entre duas e oito horas; (3) reler o post (com variáveis graus de exaustividade) para ver se ficou algum erro de digitação ou redação; (4) publicar o post (e descobrir erros depois anyway). Às vezes eu até começo em um dia e continuo em um outro, mas no geral vai tudo em uma sentada. Uma conseqüência disso é que eu já sei de antemão que escrever um post vai tomar um bocado de tempo, então eu acabo só me sentindo inclinado a escrever quando eu sei que vou ter rios de tempo livre sem interrupções. (Outra conseqüência disso são os famosos posts de 20k, tão apreciados pelos leitores.)
Agora que eu não tenho mais rios de tempo livre contíguo com tanta freqüência, esse workflow está sendo um tanto quanto sub-ótimo (vide quantidade de posts nos últimos dois meses). Estou pensando se não é o caso de eu começar a escrever posts menores e splitar tópicos em múltiplos posts, mas não sei até que ponto isso é uma boa idéia. Faz umas semanas que eu tenho pensado em escrever um post sobre alguns fatos [que eu acho] interessantes sobre os números nas línguas indo-européias, mas isso é um post que tomaria bastante tempo tanto para a escrita em si quanto para pesquisar/conferir os fatos antes de escrever. Não sei se faz sentido separar o tópico em múltiplos posts e ir postando uma série de posts pequenos, ou se é melhor escrever um post só em várias sentadas e publicar tudo de uma vez no fim do ano. Eu prefiro ler esse tipo de informação toda de uma vez, mas eu sei que pelo menos alguns dos leitores não partilham da mesma preferência. (On the other hand, eu não sei se esses mesmos leitores leriam a mesma informação espalhada em múltiplos posts. So there's that.)
Mas essa é a sua opinião, ele já tem outra opinião, ué. Qual a sua opinião?
Unrelated com qualquer coisa, por ser ano eleitoral, eu implementei a mui lendária e prometida lista de comentários recentes na sidebar do blog no domingo passado. Espero que ela traga muitas alegrias a todos. Votem em mim para déspota universal.
<blockquote>Eu prefiro ler esse tipo de informação toda de uma vez, mas eu sei que pelo menos alguns dos leitores não partilham da mesma preferência.<
</blockquote>
Oh yeah [2] :P Mas como tu já disse, essa é a minha opinião, ele já tem outra opinião.
Em outros tópicos relevantes, acho que tu reclama, reclama, reclama, mas no fundo tu gosta das nossas trollagens. Aí não pode te conter e teve que contar pra galere que tem a lista de comentários recentes. Aposto que se eventualmente a gente começar a só comentar coisas relevantes sobre os posts, será o chaos. O que é bom, porque isso quer dizer que podemos continuar curtindo a vida like a boss.
Dito isso, dentro de minha sabedoria de mestre do universo sem cajado, venho informar-te que minhas suspeitas e estudos (aka, leitura de cartas de tarô e mão de mendigos nas ruas) indicam que a lista de comentários recentes será o segundo recurso mais subutilizado desse blog, perdendo apenas para a listas de todos os posts. #vlw #flws
@Master of the Universe: Reclamo, reclamo, reclamo. Tanto reclamo que já parabenizei vocês pela obra que fizeram na thread do fake-Hélio. :P
Achei muito interessante o comentário com relação ao comprimento dos posts, mas o silêncio com relação a se os leitores leriam a mesma informação espalhada em múltiplos posts pequenos. :P
E tecnicamente *eu* uso a lista de todos os posts com relativa freqüência, enquanto a lista de comentários recentes nem eu uso (porque sigo os comentários por RSS), então a lista de comentários recentes tem bastante potencial pra roubar o primeiro lugar de recurso mais sub-utilizado. :P
Sobre a utilidade ou não das coisas, o que eu tenho a dizer é que nada tem valor intrínseco naturalmente, e todo e qualquer valor ou propósito é atribuído pela engenhosidade humana (ou de outros seres com a capacidade intelectual para tanto), e portanto tudo é inútil e sem sentido do ponto de vista do Universo.
Deus está morto.
Mandei essa mensagem só porque eu quero que a Carol veja o link que eu botei no meu nome. E foi uma droga não terem passado "Mestres do Universo" durante os Oscars de novo. Um dos melhores filmes ruins do mundo, em especial porque tornou possível a realização de outro filme ruim com uma das melhores cenas já feitas em um filme de ação.
Caso haja curiosidade:
https://www.youtube.com/watch?v=XITc_tguH2o
@Cavaleiro de Copas: Tem que pagar róials pra usar o espaço pra propaganda. A cobrança chegará por correspondência dentro de cinco dias úteis. Favor não amassar.
Atenciosamente,
Depto. de Cobrança
Elmord's Magic Valley Capitalistic Corporations Ltd. Inc. GmbH hf.
P.S.: O não-pagamento implicará a aplicação dos penales previstos em lei, com automática conversão do juiz em cachorro.
Não pagarei conta de luz, conta de lixo, conta de lixo... e nem imposto... vou viver a Deus-dará. Awey.
(falar nisso: cadê a minha grana? Tá ligado que o Gildo é o traficante mais psico aqui do pedaço, morou?)
A pior parte é que só hoje eu li o troço como "mulambda" e não "mulambada". As armadilhas do brilho eterno de uma mente sem lembranças: mistério imperscrutável são.
> A pior parte é que só hoje eu li o troço como "mulambda" e não "mulambada".
E eu, que faz muito pouco que li direito o título do blog...
E ainda não ouvi aquela música em chinês do post anterior.
Como tu havias me recomendado certo texto (http://james-iry.blogspot.com.br/2009/05/brief-incomplete-and-mostly-wrong.html) em tempos longínquos, acho conveniente repassar isso como retribuição: https://hackernoon.com/how-it-feels-to-learn-javascript-in-2016-d3a717dd577f
(tá que isso já deve ter se tornado popular, mas compartilhar é legal!)
@Marcelo: Não conhecia. I'm wordless. Just wordless. :P
Bah, não tinha visto ainda o link que era para eu ter visto. Acho que se tu pagou pelo espaço de propaganda, tu deveria pedir teu dinheiro de volta, já que não foi efetivo, @cavaleiro de copas
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Soretinho de Sirene, 2016-09-15 03:10:26 -0300 #
Não vou votar porque não recebi lixa de unha. Quanto ao resto: Assim também foi a vida de Jesus