Elmord's Magic Valley

Computers, languages, and computer languages. Às vezes em Português, sometimes in English.

Tour de Scheme, parte 1: Tipos básicos, expressões de vários sabores, e um jogo de adivinhações

2016-04-06 03:06 -0300. Tags: comp, prog, lisp, scheme, tour-de-scheme, em-portugues

[Este post é parte de uma série sobre Scheme.]

No último episódio, vimos como compilar e rodar programas em Scheme usando o Chicken. Neste post, veremos algumas construções de Scheme e as diferenças em relação às construções equivalentes nas linguagens HtDP. Em seguida, veremos como escrever um programinha clássico de "adivinhe o número" em Scheme.

[Screenshot do programa de adivinhar o número]
Cores por cortesia do shell-mode do Emacs

Você pode acompanhar os exemplos usando o DrRacket ao invés do Chicken, se preferir, mas para isso você deverá abrir a janela "Choose Language" (Ctrl+L), escolher "The Racket Language", clicar no botão "Show Details", e mudar o Output Style para "write" ao invés de "print".

Tipos básicos

Você deve lembrar dos tipos de dados básicos das linguagens HtDP (se não lembrar tudo bem, pois nós vamos revê-los agora):

Se você entrar algum desses valores em um prompt de avaliação, o resultado será o próprio valor:

#;1> -6.25
-6.25
#;2> "Hello, world!\n"
"Hello, world!\n"
#;3> #\h
#\h
#;4> #t
#t
#;5> 'foo
foo

Hmm, aqui temos uma curiosidade: diferente do que acontecia nas linguagens HtDP, 'foo produz foo sem o apóstrofe. Vamos fazer uma nota mental desse detalhe e seguir adiante.

Expressões compostas

Nem só de expressões constantes vive o ser humano. Um programa em Scheme consiste majoritariamente de chamadas de função e formas especiais. Chamadas de função são escritas na forma (função argumento1 argumento2...), i.e., a função e os argumentos separados por espaços e envoltos em parênteses. Por exemplo:

#;1> (display "Hello, world!\n")
Hello, world!
#;2> (sqrt 16)
4.0
#;3> (expt 5 3)
125

Operadores aritméticos em Scheme são funções comuns, e são usados exatamente como as demais funções, i.e., se escreve (operador argumentos...):

#;1> (+ 2 3)
5
#;2> (* 2 3)
6

Vale notar que essas operações aceitam um número arbitrário de argumentos:

#;1> (+ 1 2 3 4)
10

Naturalmente, você pode usar o resultado de uma chamada de função como argumento para outra chamada:

#;2> (expt (+ 1 2 3 4) 2)
100
#;3> (* 10 (sqrt 16))
40.0

Operadores de comparação também são funções:

#;1> (< 2 3)
#t
#;2> (> 2 3)
#f

Formas especiais são escritas da mesma maneira, mas usando um operador especial ao invés de uma função. Exemplos de operadores especiais são:

A diferença entre uma chamada de função e uma forma especial é que em uma chamada de função, todos os argumentos são avaliados como expressões, antes mesmo de a função começar a executar, enquanto em uma forma especial, os argumentos não são necessariamente todos avaliados ou considerados como expressões. (No caso do if e cond, certos argumentos só são avaliados dependendo dos valores das condições. No caso do define, o nome da variável ou função simplesmente não é avaliado: (define valor 5) não tenta avaliar valor, mas sim toma-o literalmente como o nome da variável.)

Exemplo: Adivinhe o número

Vamos exercitar um pouco do que vimos até agora escrevendo um programinha clássico que sorteia um número de 1 a 100 e fica pedindo ao usuário que tente adivinhar o número até o usuário acertar ou morrer de tédio. Quando o usuário erra, informamos se o seu chute foi muito alto ou muito baixo. Para isso, vamos precisar de umas funçõezinhas extra ainda não vistas:

Ok. Vamos começar escrevendo uma função para perguntar um número ao usuário e ler a resposta:

(define (pergunta-número)
  (display "Digite um número: ")
  (read-line))

Salve essa função em um arquivo adivinha.scm e carregue-o no interpretador:

#;1> ,l adivinha.scm
; loading adivinha.scm ...

Agora, podemos testar a função:

#;1> (pergunta-número)
Digite um número: 13
"13"

Que sucesso, hein? Só que queremos que a função retorne um número, não uma string (pois precisamos comparar o número digitado com a resposta certa mais tarde). Vamos modificar a pergunta-número para converter o resultado para número antes de retornar:

(define (pergunta-número)
  (display "Digite um número: ")
  (string->number (read-line)))

Note que:

Isso é diferente das linguagens HtDP, que só permitem uma expressão no corpo da função.

Ok, enough talk. Vamos recarregar o arquivo no interpretador e testar:

#;2> ,l adivinha.scm
; loading adivinha.scm ...
#;2> (pergunta-número)
Digite um número: 13
13

Buenacho barbaridade. Agora vamos escrever uma função que recebe um número (a resposta certa), lê o chute do usuário, guardando-o em uma variável local, compara-o com a resposta certa, e imprime uma mensagem apropriada:

(define (avalia-tentativa gabarito)
  (define tentativa (pergunta-número))
  (cond [(= tentativa gabarito) (display "Você acertou! Parabéns!\n")]
        [(< tentativa gabarito) (display "Muito baixo!\n")]
        [(> tentativa gabarito) (display "Muito alto!\n")]))

Vamos ver se isso funciona? Vamos chamar a função com 42 como a resposta certa, e responder o prompt com 13:

#;1> ,l adivinha.scm
; loading adivinha.scm ...
#;1> (avalia-tentativa 42)
Digite um número: 13
Muito baixo!
#;2>

Well, funcionou, pelo menos para esse caso. O causo é, todavia, que a gente quer que a função fique repetindo enquanto o usuário não acertar. Há várias maneiras de fazer esse loop, mas a maneira mais simples, usando só o que a gente viu até agora, é fazer a função simplesmente chamar a si mesma se a resposta não é a esperada:

(define (avalia-tentativa gabarito)
  (define tentativa (pergunta-número))
  (cond [(= tentativa gabarito) (display "Você acertou! Parabéns!\n")]
        [(< tentativa gabarito) (display "Muito baixo!\n")
                                (avalia-tentativa gabarito)]
        [(> tentativa gabarito) (display "Muito alto!\n")
                                (avalia-tentativa gabarito)]))

Ok, dava para simplificar várias coisas nesse código (e.g., unificar os dois últimos casos para escrever a re-chamada só uma vez), mas por enquanto está bom assim. (Se você está vindo de uma linguagem não-funcional, você pode estar pensando que é super-ineficiente usar uma chamada de função ao invés de um loop para repetir o corpo. Em Scheme, todavia, essa chamada é tão eficiente quanto um loop, devido a uma feature chamada tail call optimization, que nós vamos deixar para discutir em outra oportunidade.)

Vamos lá testar as esferas do dragão:

#;7> ,l adivinha.scm
; loading adivinha.scm ...
#;7> (avalia-tentativa 42)
Digite um número: 13
Muito baixo!
Digite um número: 81
Muito alto!
Digite um número: 42
Você acertou! Parabéns!
#;8> 

Agora sim. Só falta a parte do programa que gera o número aleatório e chama avalia-tentativa, i.e., falta o equivalente da "main" do nosso programa. Nós podemos escrever o código dentro de uma função main para fins de organização (e de poder testar a função a partir do prompt do interpretador), mas, como mencionado no último post, não existe em Scheme uma função especial "main" por onde a execução começa. O programa simplesmente executa todas as expressões no corpo do programa em seqüência. Então, podemos simplesmente atirar geração do número aleatório e chamada a avalia-tentativa no corpo do programa (lembrado de pôr a chamada depois da definição de avalia-tentativa; caso contrário, a função ainda não vai estar definida quando ocorrer a chamada); ou então podemos colocar isso numa função (again, apenas para fins de organização), mas aí temos que chamar a função no corpo do programa. Algo como:

;; Define a função...
(define (main)
  (avalia-tentativa (+ 1 (random 100))))

;; ...e a chama no corpo do programa, para que ela seja executada quando o programa iniciar.
(main)

Note que chamamos avalia-tentativa com (+ 1 (random 100)), pois (random 100) retorna um número entre 0 e 99, mas queremos um número entre 1 e 100, e para isso somamos 1 ao resultado.

Podemos testar no interpretador, mas agora que está tudo feito, podemos ao invés disso compilar o programa e testar o executável diretamente:

$ csc adivinha.scm
$ ./adivinha 

Error: unbound variable: random

	Call history:

	adivinha.scm:19: main	  
	adivinha.scm:15: random	  	<--

Ei! Que sacanagem é essa? Well, acontece que random é definida em um pacote que é carregado automaticamente pelo interpretador, mas não no código compilado. Isso é um acontecimento relativamente comum no Chicken. Para resolver isso, primeiro precisamos saber qual é o pacote que contém a função random. Para isso, podemos usar o chicken-doc, que vimos como instalar no post anterior:

$ chicken-doc random
Found 2 matches:
(random-bsd random)  (random N)
(extras random)      (random N)

Well, temos duas opções. random-bsd é um egg (que não vem por padrão com o Chicken e você pode instalar com o chicken-install). extras é um pacote/unit/como-preferir que acompanha o Chicken e não requer a instalação de nada especial. É esse que vamos usar. Tudo o que precisamos é adicionar a linha:

(use extras)

no começo do nosso código. Agora, podemos recompilar e testar:

$ csc adivinha.scm
$ ./adivinha 
Digite um número: 32
Muito alto!
Digite um número: 10
Muito baixo!
Digite um número: 20
Muito alto!
Digite um número: 15
Você acertou! Parabéns!
$

Uff! Funcionou. Nosso programa inteiro ficou assim:

(use extras)

(define (pergunta-número)
  (display "Digite um número: ")
  (string->number (read-line)))

(define (avalia-tentativa gabarito)
  (define tentativa (pergunta-número))
  (cond [(= tentativa gabarito) (display "Você acertou! Parabéns!\n")]
        [(< tentativa gabarito) (display "Muito baixo!\n")
                                (avalia-tentativa gabarito)]
        [(> tentativa gabarito) (display "Muito alto!\n")
                                (avalia-tentativa gabarito)]))

(define (main)
  (avalia-tentativa (+ 1 (random 100))))

(main)

Exercício: Experimente modificar o programa para, quando o usuário acertar, mostrar quantas tentativas foram usadas para adivinhar o número. Como conservar essa contagem durante a execução do loop (que na verdade é uma função que chama a si própria)?

Dica: Para imprimir uma mensagem como "Você acertou em N tentativas", você pode simplesmente usar vários displays em seqüência, i.e.:

(display "Você acertou em ")
(display N)
(display " tentativas\n")

Ou, em Chicken e Racket, você pode usar (printf "Você acertou em ~a tentativas" N). printf não é uma função padrão do Scheme R5RS, mas sim uma extensão do Chicken, Racket e possivelemente outras implementações.

Closing remarks

No nosso exemplo, definimos uma função separada para perguntar o número ao usuário, ao invés de fazer a pergunta diretamente na função avalia-tentativa. Eu fiz isso por dois motivos.

O primeiro é que é considerado bom estilo em Scheme definir funções pequenas com um propósito bem definido. Não só porque o código tende a ficar mais legível, mas também porque isso facilita testar separadamente cada parte do programa a partir do prompt de avaliação. Como você pôde observar neste post, o estilo normal de desenvolvimento em Scheme é ir escrevendo o programa aos poucos, recarregando as modificações no prompt de avaliação, e testando à medida em que se escreve. (Nada lhe impede de escrever o programa inteiro e testar depois, mas, mesmo nesses casos, poder chamar as diversas partes do programa individualmente a partir do prompt é útil para debugar o programa e descobrir a origem de um erro.)

Por falar em bom estilo, em Scheme é considerado bom estilo dar nomes descritivos às funções (principalmente) e às variáveis. Acostume-se a dar nomes-descritivos-separados-por-traços às funções (como fizemos neste post), e a usar o recurso de auto-completar do seu editor favorito para não se cansar digitando (Ctrl+N no Vim, Alt+/ no Emacs, configurável em ambos).

O segundo motivo é que, em Scheme R5RS, defines aninhados só podem aparecer no começo do corpo da função (e no começo de algumas outras formas especiais ainda não vistas), i.e., não podemos escrever:

(define (avalia-tentativa gabarito)
  (display "Digite um número: ")
  (define tentativa (string->number (read-line)))
  (cond ...))

pois o define não é a primeira coisa no corpo da função. Diversas implementações de Scheme permitem defines fora do começo da função, incluindo o próprio Chicken, mas os detalhes e o comportamento variam de Scheme para Scheme e podem trazer umas surpresas desagradáveis, e portanto eu prefiro evitá-los. Para definir variáveis fora do começo da função, pode-se usar a forma let, cuja sintaxe é:

(let ([variável1 valor1]
      [variável2 valor2]
      ...)
  corpo no qual as variáveis são visíveis)

Assim, poderíamos escrever:

(define (avalia-tentativa gabarito)
  (display "Digite um número: ")
  (let ([tentativa (string->number (read-line))])
    (cond ...)))

A forma com a função pergunta-número separada é mais legível, anyway.

Aproveito a oportunidade para mencionar que parênteses e colchetes são totalmente intercambiáveis em Chicken, Racket, Guile e provavelmente outras implementações. Você pode usar apenas parênteses, se preferir (em Scheme R5RS puro apenas os parênteses são definidos), mas costuma-se usar colchetes em formas como let e cond para facilitar a leitura.

(close (current-post))

Por hoje ficamos por aqui. Eu pretendia falar sobre listas neste post originalmente, mas vai ficar para o próximo da série. Como sempre, sugestões, comentários, dúvidas, reclamações, etc., são sempre bem-vindos.

Comentários / Comments (11)

Marcus Aurelius, 2016-04-06 16:45:12 -0300 #

FYI: eu segui o tutorial do "adivinhe o número", só para qebrar o gelo com o Chicken e o Emacs qe instalei e estavam sem uso nenhum até agora :-)

(Obs.: sou contra o desperdício de letras, então 2 Us foram economizados na mensagem acima :-) — As letras desta nota não contam)


Vítor De Araújo, 2016-04-07 08:34:48 -0300 #

@Marcus: Que sucesso essa série. Nem vou mais me sentir tão mal de ter escrito esses posts ao invés de trabalhar na minha dissertação. :P

Se o objetivo é economizar letras, acho q́ adotar umas cõvẽções da "Arte da Língoa de Iapam" pode ser mais eficaz. :P


Marcus Aurelius, 2016-04-07 10:39:10 -0300 #

Combining characters... I see what you did there :-p

Eu tinha procurado um q pré-combinado com algum acento para fazer exatamente isso mas não encontrei (e achei qe o suporte a combining characters não fosse bom suficiente).

Mas ǵ pré-combinado existe. Já estou pensando em alguns usos para isso!

(se bem qe o funcionamento do Backspace no Windows com combining characters é muito legal: apaga o acento e depois a letra. Deveria ser o padrão isso)


Kraftwerk, 2016-04-07 14:21:20 -0300 #

As has been the case with all Kraftwerk's releases, 1981's 'Computer World' is a production tour de FRANCE with blanketing sound effects creating an environment compatible with the album's intended mirroring of a computer pervaded-society. Integrating machine-driven rhythms, synthesizer tapestries and perceptive lyrics, Kraftwerk demonstrates why it has been a major musical influence since its 1975 hit 'AUTOGOL'


Vítor De Araújo, 2016-04-07 15:30:01 -0300 #

@Marcus: C-x 8 RET COMBINING ACUTE ACCENT RET :P

Mais um ponto para o Emacs, mas em pleno 2016 era de se esperar que o sistema deixasse digitar acento + qualquer coisa e gerasse a seqüência com o combining character automaticamente se não houvesse um pré-composto. Anyway.

Aparentemente o backspace com combining character no Emacs faz a mesma coisa. Today I learned. O bash/readline apaga o caractere inteiro (letra + acento).

O suporte a combining characters não é 100%, mas até que meio que quase funciona direito. :P No Firefox, ele funciona com algumas fontes (mas como eu uso um stylesheet que força tudo a ficar em Fixed, o acento aparece no caractere seguinte). No Midori ele renderiza o acento no caractere certo mesmo com a Fixed. O XTerm, que é o último programa que eu esperaria que suportasse combining characters direito, suporta sem problemas.

@Kraftwerk: Esse cara me dá orgulho. :P


@@Kraftwerk, 2016-04-08 15:58:45 -0300 #

oBRIGADO


Vítor De Araújo, 2016-04-13 04:34:17 -0300 #

Nota para a galera que está acompanhando a série: O próximo episódio já está na forja, mas vai levar uns dias ainda para sair. Comecei a escrever hoje, mas ainda não decidi a melhor maneira de organizar e explicar os assuntos, e como são 4 da manhã eu resolvi parar por hoje. :P


Marcus Aurelius, 2016-04-13 11:58:32 -0300 #

Nota: no ErgoEmacs a combinação para autocompletar é Ctrl+Alt+/
Já começa a ser possível usar o Emacs a sério sabendo esse comando.

Eu sei q́ usar um editor q́ eu não conheço bem com um keybinding ainda mais desconhecido é pedir para se incomodar, mas ainda assim deve ser melhor do q́ se acostumar com C-w no Emacs normal e sair fechando janelas sem qerer em outros programas por aí... :-)

C-x 8 RET COMBINING ACUTE ACCENT RET

Uau, esse comando é mũitíssimo prático :o)
Ops, desativando a ironia agora q́ eu vi q́ tem autocompletar bem prático com barra de espaço. Digitei tudo por extenso na primeira vez :-|


E funciona no ErgoEmacs também. Só fiqei encucado com o trecho “8 RET” aí. Por q́ o número 8? E se precisa do Enter (RET), quantos outros comandos começanndo com C-x 8 devem existir? Mistério...


PS: Usando q́ como um miguxo de 1604.


Vítor De Araújo, 2016-04-13 14:09:44 -0300 #

Hmm, não sabia que o espaço completava; eu estava usando TAB. Aliás é muito bacaninha só dar TAB sem digitar nada e ver uma lista de todos(?) os nomes de caracteres do Unicode. :P

Quanto à dúvida de quantos comandos devem existir, é só dar C-x 8 C-h e ver (C-h no meio de um comando incompleto lista todas as possibilidades). Todos eles são inserção de caracteres especiais, acho. O 8 deve ser um mnemônico de "8-bit character" (num tempo em que não-ASCII significava usar um ISO-8859-algumacoisa).


Marcus Aurelius, 2016-04-14 13:42:09 -0300 #

Esse mnemônico do 8 realmente vai ajudar. Aos poucos o Emacs vai ficando mais útil para mim.

Isso me deu a ideia de um site/blog [que na prática eu nunca vou criar] de mnemônicos (podendo ou não incluir o histórico de cada coisa).

Estou atualmente tentando decorar a diferença no CSS de white-space: pre-wrap e pre-line. Não é nada intuitivo, pelo nome os dois parecem ser a mesma coisa.

Deve haver outros mnemônicos legais para colocar nesse hipotético blog.


Vítor De Araújo, 2016-04-14 23:27:00 -0300 #

Whoa, fui olhar a descrição do pre-wrap/pre-line. I don't even. :P O site da Mozilla pelo menos tem uma tabelinha maneira explicando a diferença:
https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/CSS/white-space

Eu apóio essa idéia de blog. Hoje em dia a modinha parece ser usar o Tumblr pra essas coisas. Não sei se tem alguma conveniência em relação a um blog comum. Faz horas que eu penso em criar um pra compartilhar etimologias de palavras que eu descubro, mas também acabo nunca fazendo. :P Também não sei se faz sentido criar um blog/tumblr separado pra isso ou se só posto aqui com uma tag, mas é que no geral seriam posts muito pequenos pra esse blog aqui, acho.


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