A essas alturas você já deve ter ouvido falar do Estatuto do Nascituro, um projeto de lei que, entre outras coisas, ilegaliza o aborto em caso de estupro (atualmente permitido por lei), e prevê o pagamento de uma bolsa (de um salário mínimo) à vítima caso o pai da criança não seja identificado.
Que como se não bastasse ter sido estuprada, a vítima ainda vai ter que carregar por nove meses o fruto do estupro, uma criança que ela não pretendia ter e não teve nenhuma escolha em ter, problema é dela. Que o fato de que ter um filho pode alterar completamente a vida dela, também pouco importa. Afinal, a única função da mulher é reproduzir mesmo. Além disso, ela receberá auxílio financeiro do estado (de um salário mínimo, evidentemente mais do que suficiente), e cuidar de uma criança é só uma questão de dinheiro, não é mesmo?
Não, pouco importa a vítima. O importante nessa história toda é a criança. A criança que terá uma vida ótima, com um pai estuprador e uma mãe que não a queria e que sempre vai associá-la ao estupro. Certamente a criança será beneficiada em nascer em tal ambiente familiar bem estruturado, acolhedor e preparado para recebê-la. E na dúbia ocasião em que não seja esse o caso, a criança sempre poderá ir para a adoção, viver em um igualmente bem estruturado e acolhedor orfanato por tantos anos quanto necessário, até, talvez, ser adotada por uma família que, talvez, lhe oferecerá boas condições de vida. Mas isso é um caso especial; no geral, a mãe biológica, que é a verdadeira responsável pela criança, é que ficará com a criança. Afinal, quem mandou ser estuprada?
Diga NÃO ao Estatuto do Nascituro.
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Marcus Aurelius, 2013-06-16 04:03:02 -0300 #
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