Elmord's Magic Valley

Computers, languages, and computer languages. Às vezes em Português, sometimes in English.

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Twitter via linha de comando

2013-05-07 14:27 -0300. Tags: comp, unix, web, about, em-portugues

Por falta de coisa mais interessante para fazer, e já que RSS não é exatamente a tecnologia da modinha, estou disponibilizando experimentalmente um feed do blog no Twitter. A continuidade do "serviço" está sujeita à existência de usuários. [Update: Pensando melhor, provavelmente todo o mundo que tem interesse em seguir blogs usa RSS. Enfim, o feed está aí, por enquanto.]

A parte interessante da história é que eu descobri um bocado de clientes de linha de comando do Twitter no processo. Dos que eu experimentei, o que melhor me satisfez foi o t. (Eu experimentei mais outros dois clientes: o TTYtter, um cliente interativo pra lá de bizarro, mas com mil features e aparentemente fácil de estender; e o twidge, que aparentemente não suporta UTF-8. Existem dúzias de outros clientes, como uma pesquisa no Google revela.)

Os poderes mágicos do t derivam do fato de ele ser particularmente conveniente de usar em scripts. Um exemplo extraído da documentação:

Favorite the last 10 tweets that mention you

t mentions -n 10 -l | awk '{print $1}' | xargs t favorite

É possível instalar o t pelo RubyGems, através do comando gem install t. Antes de instalá-lo, certifique-se de que você tem instalado o Ruby e o RubyGems (pacotes ruby, ruby-dev e rubygems no Debian/Ubuntu; não ter o ruby-dev é um problema comum).

Uma vez instalado, é necessário executar t authorize, para realizar o processo de registro da aplicação no Twitter e de autorização do acesso da aplicação à sua conta. Você pode executar t sem argumentos para ver uma lista dos comandos disponíveis. Para mais informações, dê uma olhada no README na página do projeto.

(Quem me contou foi essa página.)

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To tweet or not to tweet

2013-04-07 22:41 -0300. Tags: life, comp, web, privacy, em-portugues

Dracula: "I'm all screwed"

Richter: "I am the instrument of your doom"

Dracula: "Perhaps not... not yet"

Richter: "What!?!?!"

???: "Richter! You killed my father! Prepare to die!"

Richter: "ALUCARD!!!"

Alucard: "You can't know... you'll never know how it feels..."

* TUM *

Richter: "NOOOOOOOO!"

– Castlevania, Hélio's edition

Há pouco mais de um ano eu abandonei o Twitter (well, not quite; eu só parei de postar lá, na verdade) por conta de eles terem vendido o acesso à base de tweets para umas empresinhas de mineração de dados. Há pelo menos metade desse tempo eu venho remoendo essa decisão.

Assumptions

Na época eu usava o Twitter com "tweets protegidos", i.e., apenas as pessoas que eu autorizei que me seguissem podiam ver os meus tweets. Eu assumia assim que apenas uns poucos conhecidos veriam o que eu estava postando.

Não é bem assim que a coisa funciona. Embora tweets protegidos não sejam retweetáveis, nada impede alguém capaz de ler um tweet de copiá-lo e retweetá-lo na mão. Retweets são uma feature fundamental do Twitter; não faz muito sentido contar com que algo postado no Twitter não vá ser retweetado. Proteger os tweets não melhora muito a situação.

Abandonemos, pois, a noção de que existe "publicidade seletiva" no Twitter: assumamos que "o que você diz no Twitter pode ser visto no mundo inteiro instantaneamente" (palavras dos termos de serviço, as it happens). E por "o mundo inteiro", leia-se o mundo inteiro. Na época da matrícula da UFRGS nesse ano eu vi alguns retweets da @ufrgsnoticias que provavelmente não estavam nos planos dos indivíduos retweetados e que eu fiquei cogitando comigo mesmo se não poderiam causar algum problema para os mesmos. Essa "falta de privacidade" é, me parece, uma propriedade fundamental do serviço Twitter, não um erro da companhia Twitter que o fornece. Assim (me parece), não faz sentido condenar o Twitter por esse tipo particular de falta de privacidade, mas tão-somente aprová-la ou não (e utilizar ou não o serviço de acordo).

(Essa falta de privacidade na verdade é uma propriedade compartilhada com blogs e páginas pessoais. No Twitter isso é um pouco mais acentuado pela facilidade de retweetar posts alheios, mas não é fantasticamente diferente. Essa "publicidade fundamental" é diferente do vazamento de informações pessoais para terceiros que não é fundamental para o serviço e não é do interesse do usuário. Mais sobre isso adiante.)

Ok, tweets são públicos. "Tweet privado" é praticamente uma contradição em termos. Aceitemos esse fato e tomemos por princípio que o Twitter só serve para postar coisas que não nos importamos de compartilhar com o mundo (e.g., links para coisas interessantes, recomendações de filmes/livros, etc.). Entendido isto, podemos seguir usando o Twitter com a consciência limpa.

Heh, não

Faltam dois problemas a considerar. O primeiro é o uso que se faz dessa informação além da mera publicação mundial. Isso inclui a venda ao acesso da base de tweets para as empresinhas de data mining, que foi a causa original do meu desgosto pelo Twitter.

Na verdade, o Twitter sempre vendeu o acesso a tweets, mesmo antes desse incidente; a diferença é apenas que o Twitter costumava limitar o acesso aos tweets dos últimos trinta dias. (O fato de que eles já brincavam de vender tweets antes não torna o ato de vender o acesso à base inteira nem mais nem menos ético, mas vamos adiante.)

O segundo problema são as outras informações que caem nas mãos do Twitter além dos tweets, e que uso o Twitter faz delas. Vamos por partes.

A miserable little pile of non-secrets

Pois, o Twitter vende, e sempre vendeu, o acesso a (porções da) base de tweets. Esses tweets são públicos para início de conversa*. A diferença entre baixá-los você mesmo e comprar o acesso é que as APIs do Twitter impõem certos limites na busca de tweets (e.g., aparentemente existe um limite de 1500 tweets nos resultados de buscas por termos), e que provavelmente a base é oferecida em um formato mais conveniente de manipular. (* Tweets protegidos são outra história. Eles vivem em um limbo questionável: a política de privacidade jamais menciona "tweets protegidos", então pelo menos para mim não está claro se eles são considerados informação pública (e conseqüentemente comercializável), ou se estão inclusos entre os dados pessoais que o Twitter diz não vender (o que não impede que o Twitter seja comprado e com ele seus dados, but I digress).)

A possibilidade de data mining, assim, pode aumentar com o fato de que o acesso à base de tweets é comercializado, mas ela não deixa de existir sem essa comercialização. Na verdade, a Internet inteira é alvo de data mining. Google (a organização) e outros mecanismos de busca já podem facilmente explorar toda informação pública na Internet, independentemente do seu consentimento. A diferença de postar no Twitter é facilitar a vida do Twitter e parceiros, mas postar em qualquer outro local público da web (como o identi.ca, ou seu blog pessoal) tem o mesmo risco.

É uma propriedade da Internet que toda informação pública é (em geral) facilmente acessível. Uma conseqüência disso é que coisas que antes eram muito difíceis (e.g., catar todas as notícias sobre um certo tópico ou pessoa nos jornais dos últimos N anos) agora são viáveis, e, junto com todas as vantagens que isso proporciona, vêm certas conseqüências negativas para a privacidade das pessoas. A sociedade vai ter que dar um jeito de se adaptar a isso, mas não é um problema do qual se possa escapar trocando o serviço em que essas informações serão publicadas (assumindo que se pretenda publicar essas informações para quem quer que as queira ler).

Fica a questão de se é ok o Twitter ganhar dinheiros vendendo acesso aos meus posts sem me pagar nada. Essa questão é sugerida como um exercício para o leitor.

The actual secrets

O segundo problema são os outros dados além dos tweets. Esses dados podem ser divididos em duas classes: os dados "inevitáveis", i.e., aqueles que o Twitter necessariamente obtém a partir do uso do serviço; e os dados "evitáveis", i.e., aqueles que você pode evitar mandar com um pouco de cuidado.

Os dados inevitáveis incluem:

Os dados evitáveis incluem:

Fica a questão de se é "certo" usar um serviço que coleta dados que você acha que ele não deveria coletar só porque você consegue burlar a coleta. A resposta depende de quão idealista você está se sentindo hoje.

Outros comentários

Uma desvantagem de usar um serviço centralizado para publicação de informações (e.g., Twitter, Blogger, Wordpress, Facebook (ok, o Facebook tem inúmeros outros problemas, but I digress)) é que os "dados inevitáveis", tais como logs de acesso, ficam concentrados com uma única organização. Mesmo na arquitetura atual da Internet, em que acessar um serviço implica contar-lhe onde você está e possivelmente outros dados, a situação não é tão ruim se os dados estão espalhados entre vários servidores, o que dificulta sua exploração. (Seu provedor de acesso continua com um bocado de informação, entretanto.)

Por outro lado, uma rede social é mais útil quando um grande número de pessoas a usa; essa é uma vantagem de "todo o mundo" usar o Twitter, ao invés de cada um "roll their own" microblog. Porém, em teoria nada impede que cada um rolle seu own microblog e todos funcionem de maneira integrada, desde que eles usem um protocolo comum de comunicação.

µ.

Conclusão

A conclusão é que talvez eu volte a usar o Twitter no futuro próximo. Ou não.

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The tableless table

2013-03-01 23:13 -0300. Tags: comp, web, em-portugues

[Pintura de Hasegawa Tōhaku de um mestre zen prestes a cortar um gato em dois]
Mumon, membro do CSS Working Group

Uma rápida inspeção do código-fonte atual (mas em vias de mudar) das páginas do ~vbuaraujo revelará que eu tenho (ou tinha) o costume questionável de usar TABLEs para layout mais ou menos shamelessly. Meus motivos para isso eram:

De qualquer forma, essa tabela do blog andava me incomodando, em parte porque uma das coisas que eu mais gosto do CSS é a possibilidade de desabilitá-lo (View > Page Style > No Style no Firefox) e ler as páginas como as seqüências de texto que Deus quis que elas fossem, coisa que não é possível quando a página usa TABLEs.*

Recentemente eu descobri uma maravilha do CSS 2.1: é possível usar CSS para instruir o browser a renderizar elementos quaisquer (e.g., DIVs) como tabelas, linhas, células, etc. Assim, migrar de um layout baseado em TABLEs para um baseado em DIVs + CSS é trivial:

<!-- Exemplo com CSS inline; normalmente a coisa decente a se fazer
     é dar IDs aos elementos e estilizá-los com um arquivo CSS externo. -->

<H1>Título</H1>

<DIV STYLE="display: table; width: 100%; table-layout: fixed">
    <DIV STYLE="display: table-row">
        <DIV STYLE="display: table-cell; width: 75%">
            <P>coluna 1
        </DIV>
        <DIV STYLE="display: table-cell: width: 25%">
            <P>coluna 2
        </DIV>
    </DIV>
</DIV>

<P>Rodapé.

No caso de uma tabela com uma única linha, a DIV com display: table-row (equivalente a um <TR>) não é estritamente necessária; o browser cria uma "linha anônima" para conter as células. A propriedade table-layout: fixed indica que a largura das colunas é fixa; o padrão é auto, que permite que a largura das colunas seja reajustada de acordo com o conteúdo das células. Há outros valores possíveis para display relacionados a tabelas; para mais informações, consulte o standard.

_____

* Normalmente eu faço isso quando estou usando uma tela pequena e quero dar zoom em uma página sem que ela transborde para fora da janela ou que uma barra lateral cresça junto com o texto e coma espaço útil da tela.

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Fun with CSS (not)

2013-01-06 21:20 -0200. Tags: comp, web, em-portugues

HTML segue sendo minha maneira preferida de editar texto formatado desde 1927. (Houve um tempo, antes de entrar para a CIC, em que eu fazia trabalhos de aula em HTML e depois copiava e colava do browser no Word para imprimir.) Entretanto, esse tal de CSS e seu box model às vezes me decepcionam.

No penúltimo post, eu resolvi colocar uma imagem à esquerda do texto, de modo que o texto seguisse normalmente no espaço vazio à direita da imagem. Trabalho para um elemento floated. Coisa simples, não? Acontece que por três pequenos acasos essa tarefa foi menos trivial do que parecia ser.

Primeira tentativa

O primeiro passo foi adicionar a figurinha com a propriedade float: left e olhar no browser o resultado. Como eu ainda não tinha escrito o resto do texto do post, o que aconteceu é que o link de comentários e o post seguinte ficaram arranjados ao lado da imagem. Embora o problema fosse desaparecer assim que eu continuasse a adicionar texto, por uma questão de princípios eu resolvi garantir que o conteúdo de um post ficaria isolado do post seguinte independentemente de quanto texto houvesse no post. A primeira coisa que eu tentei foi colocar um <DIV> em volta do post inteiro. Isso não resolve o problema: o elemento floated não conta no tamanho da DIV por padrão, e a DIV termina antes da figura. A solução que eu encontrei nas Internets (e que não vou me dar ao trabalho de vasculhar no histórico para descobrir onde achei) foi dar a propriedade overflow: hidden para a DIV que engloba o post. Não, a definição oficial da propriedade overflow: hidden não é essa. Anyway. Primeiro problema resolvido.

Segunda tentativa

Por um acaso infernal, a primeira coisa ao lado da imagem, depois de um subtítulo, era um BLOCKQUOTE. O comportamento normal do BLOCKQUOTE é deixar uma margem à esquerda, indentando o texto citado. Porém, o CSS resolveu calcular a margem a partir da esquerda da DIV do post, ignorando a existência da imagem floated. Como a margem era menor que a largura da imagem, ela era simplesmente desprezada. O mesmo problema acontece com listas (com o bônus de que as bullets de uma lista são posicionadas no espaço da margem por padrão, e conseqüentemente aparecem por cima da imagem).

Não achei uma solução decente para isso. A solução indecente foi:

Agora está tudo certo, certo?

Terceira tentativa

Bem, não. Por outro acaso infernal, a imagem era um link. Lembra do nosso BLOCKQUOTE com margem maluca? Pois a margem maluca invisível agora fica sobreposta à imagem, e com isso o trecho de imagem que fica ao lado do BLOCKQUOTE não é clicável. Tentei tacar z-index na imagem e no BLOCKQUOTE para mudar a ordem de sobreposição. Nada.

Acontece que:

Ou seja, quando eu taquei um position: relative; left: 24px no BLOCKQUOTE, ele passou a ser empilhado sobre a imagem floated, com margem e tudo. A solução, portanto, é tacar um position: relative; z-index: 10 na imagem, para valores arbitrários de 10 (e um z-index: 0 no BLOCKQUOTE por via das dúvidas).

Agora tudo funciona. Certo?

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Facebook stalks you

2012-01-05 23:49 -0200. Tags: comp, web, privacy, em-portugues

Que o Facebook não tem respeito nenhum pela privacidade dos seus usuários não é nenhuma novidade. Porém, os meios de que ele se utiliza para obter dados ainda me surpreendem.

Como bom nerd, eu tenho o costume de olhar os logs de acesso do blog para ver em que páginas as pessoas têm caído. Ontem eu notei uma seqüência de acessos interessante:

Data: 2013-01-04 01:50:01 -0200
IP: (removido)
URL: /~vbuaraujo/blog/?entry=20120820-xmodmap
User-Agent: Mozilla/5.0 (Windows NT 6.1; WOW64) AppleWebKit/537.11 (KHTML, like Gecko) Chrome/23.0.1271.97 Safari/537.11
Referer: http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Finf.ufrgs.br%2F~vbuaraujo%2Fblog%2F%3Fentry%3D20120820-xmodmap&h=VAQEHMeNj

Data: 2013-01-04 01:50:01 -0200
IP: 66.220.158.114
URL: /~vbuaraujo/blog/?entry=20120820-xmodmap
User-Agent: facebookexternalhit/1.1 (+http://www.facebook.com/externalhit_uatext.php)
Referer: (vazio)

Isto é:

  1. Usuário abre um link via Facebook;
  2. Logo depois o Facebook requisita a página para olhar.

O link contido na string de User-Agent do bot do Facebook tem o seguinte a dizer:

Why does Facebook appear in my server logs?

Facebook allows its users to send links to interesting web content to other Facebook users. Part of how this works on the Facebook system involves the temporary display of certain images or details related to the web content, such as the title of the webpage or the embed tag of a video. Our system retrieves this information only after a user provides us with a link. You may have found this page because a Facebook user sent a link from your website to other Facebook users. If you have any questions or concerns about any links or content sent by one of our users, please contact us at legal@facebook.com.

Parece útil, não? Parece quase uma razão legítima para stalkear o usuário (heh). Acontece, entretanto, que os acessos do facebookexternalhit normalmente ocorrem menos de um segundo depois que um usuário clica em um link, não quando o link é submetido. Não tenho conta no Facebook, e portanto não tenho como testar melhor isso; estou me guiando pelos acessos do facebookexternalhit nos logs. (Para minha surpresa, o bot já tinha visitado o blog algumas vezes antes. Nunca tinha descoberto porque os acessos foram ao famoso post sobre os horários dos TM{1,2,3}, que eu filtro dos logs para visualizar, já que ele é responsável pela grande maioria dos acessos.) Porém, nem sempre os dois acessos aparecem juntos, então não sei exatamente qual é o princípio por trás disso.

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Proxy Auto-Config

2012-11-14 01:24 -0200. Tags: comp, web, mundane, em-portugues

Problema: fazer o browser usar um servidor proxy para apenas alguns sites.

Solução: Existe uma tecnologia de última geração inventada pela Netscape em 1996 chamada Proxy Auto-Config (PAC). A idéia é mui simples e bella: escreve-se um arquivo JavaScript definindo uma função FindProxyForURL(url, host). Essa função recebe a URL e o hostname da página que o browser está tentando acessar, e retorna uma string especificando como o acesso deverá ocorrer:

A esse script estão disponíveis algumas funções para manipulação de URLs e hostnames, além das funções normais do JavaScript.

No meu caso, o objetivo é acessar o portal da ACM através do proxy do Instituto de Informática, para poder baixar papers, e usar uma conexão direta para todos os outros sites. O arquivo PAC fica algo como:

function FindProxyForURL(url, host) {
    if (dnsDomainIs(host, "dl.acm.org"))
        return "PROXY 127.0.0.1:3128";
    else
        return "DIRECT";
}

De posse do arquivo PAC, basta configurar o browser para usá-lo. No Firefox, selecione Preferences > Advanced > Network > (Connection) Settings... > Automatic proxy configuration URL, e insira a URL para o arquivo (no caso de um arquivo local, algo como file:///caminho/do/arquivo.pac).

Note que você poderia escrever um script para substituir esse arquivo automaticamente de acordo com a presença de servidor(es) proxy, ou apontar a URL para um script CGI/PHP/whatever em um servidor HTTP para gerar a configuração de proxy dinamicamente.

Quem me contou foi esse povo.

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The woes of Firefox

2012-07-18 17:43 -0300. Tags: comp, web, mundane, em-portugues

Seguindo a aparente trend no mundo das interfaces gráficas para GNU/Linux, algumas das novas "features" do Firefox e seus addons só são configuráveis via propriedades no about:config. Eis uma relação das que me foram necessárias.

Itens úteis nessa vida de 3G:

Outros:

Provavelmente vou adicionar coisas a esse post no futuro.

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Communications with the Twitter Team

2012-05-30 21:43 -0300. Tags: comp, web, privacy, em-portugues

Formatação HTML e links adicionados por conveniência.

From: Vítor De Araújo <µµµ@µµµ.com>
To: privacy@twitter.com
Subject: Questions about Do-Not-Track and protected tweets
Date: Fri, 25 May 2012 15:00:28 -0300

Hi!

I have two points I'd like to question about Twitter's privacy policy.

  1. Recently Twitter announced that it now honors the Do-Not-Track header. I have also noticed that you have updated the privacy policy, but I don't see any mention of Do-Not-Track in the text. So, does the commitment to Do-Not-Track have any official value, i.e., is it something users can rely on as long as the current privacy policy is in effect, and if so, what guarantees that?
     
  2. The policy does not directly say anything about protected tweets. May Twitter share protected tweets with third parties according to the current policy? Also, I noticed that the current policy states that information about who I follow and who follows me can be shared, something the old policy didn't. May this information be shared even for protected accounts?

I left Twitter in late February when I came to know about the selling of the historical tweet database to DataSift. I liked Twitter a lot, and I would be more confortable using it if the policy gave explicit guarantees about protected posts and accounts not being shared.

Thanks for the attention!

Five days later...

From: phantasm <notifications-support@twitter.zendesk.com>
To: Vítor De Araújo <µµµ@µµµ.com>
Subject: #5352694 Twitter Support: update on "Questions about Do-Not-Track and protected tweets"
Date: Wed, 30 May 2012 16:55:36 +0000

#5352694 Twitter Support: update on "Questions about Do-Not-Track and protected tweets"

----------------------------------------------
phantasm, May 30 09:55 am (PDT):

Hi,

Thanks for your inquiry. Our Privacy Policy at http://twitter.com/privacy describes the information that Twitter receives, the purposes for which it may be used, and the limited circumstances in which private personal information may be shared.

Regards,

The Trust & Safety Team

I had hope.

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Google dies, Twitter dies, the self must also die

2012-03-01 20:44 -0300. Tags: comp, web, privacy, em-portugues

"Die, Twitter! You don't belong in this world."

"It was not by my hands that I'm once again given cash. I was brought here by humans, who want to pay me tribute."

"Tribute? You steal men's tweets, and sell them to your knaves."

"Perhaps the same could be said of all social networks."

"Your words are as empty as your privacy policy. Mankind ill needs a network such as you."

"What is a profile? A miserable little pile of secrets? But that's enough talk. Have at you!"

— Twittlevania: Symphony of the Night

Há mais ou menos um mês o Google anunciou que mudaria sua política de privacidade. A nova política entrou em vigor hoje, e permite ao Google cruzar os dados de seus diversos serviços para melhor servi-lo. Acho mui nobre e respeitável eles terem avisado enfaticamente com um mês de antecedência das mudanças. Mas respeitável ou não, eu já estava há horas com vontade de abandonar o Google, e esse foi o último empurrãozinho que me faltava. Nunca usei o GMail, pela questão da privacidade, então não tinha muito a perder. Matei minha Google Account no final do dia 28 de fevereiro (afinal, eles não explicitaram a partir de 1º de março de qual fuso-horário a política nova entra em vigor).

Na iminência de perder o orkut, e na necessidade de suprir minha compulsão de compartilhar links que ninguém lê, resolvi criar uma conta no Twitter no final de janeiro. Depois de observar alguns bots dando "follow" no meu perfil, e depois de me dar conta de como é fácil fazer data mining no Twitter (ainda mais com as APIs que o Twitter fornece), protegi minha conta.

Estava muito feliz com o Twitter.

Ontem o Twitter vendeu o acesso a todos os tweets postados desde 2010 para duas empresas de pesquisa. A empresa britânica de data mining Datasift fornecerá acesso aos dados através de uma plataforma cloud-based, que dá acesso não apenas ao conteúdo dos tweets, mas também a dados computados a partir dos mesmos. "We enrich every Tweet, every social conversation with sentiment, social media influence, topic-analysis, and NLP. No-one offers more insights for Tweets."

A empresa alega que conversas privadas (para algum valor de "privado"; nada garante que a definição inclui tweets protegidos) e tweets excluídos não serão acessíveis pelo sistema (o que não quer dizer que a empresa não tenha acesso aos mesmos), mas não podemos ter certeza de nada. De fato, os termos de serviço e a política de privacidade do Twitter não dão qualquer garantia quanto à privacidade de tweets protegidos. Tudo o que elas dizem é que "What you say on Twitter may be viewed all around the world instantly. You are what you Tweet!".

Por essa razão, estou em vias de matar minha conta no Twitter. Se todos fizessem o mesmo com serviços que desrespeitam nossa privacidade, as empresas seriam obrigadas a respeitá-la, para não perder o lucro. Infelizmente, o mundo tende a preferir conveniência a privacidade. Um dia o mundo aprende. Ou não.

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Addons para combater tracking

2012-02-26 21:01 -0300. Tags: comp, web, privacy, em-portugues

O artigo sobre o uso do User-Agent para tracking me levou por um passeio seguindo os links de artigos relacionados pelo site da EFF. Recomendo que você faça o mesmo. Resolvi experimentar alguns dos addons recomendados neste artigo, além de alguns outros addons relacionados que encontrei pelo caminho. São eles:

Com exceção do último, todos esses addons estão nos repositórios do Debian/Ubuntu, de modo que para instalá-los basta um comando: apt-get install xul-ext-cookie-monster xul-ext-noscript xul-ext-requestpolicy. Depois disso, basta reiniciar o Firefox. O outro addon pode ser baixado do site da Mozilla.

No início, usar esses plugins é um pouco inconveniente: deve-se liberar cada site confiável que se visita da primeira vez. Porém, isso é um termo constante e não afeta a complexidade assintótica da navegação (ou quase). (Por outro lado, o Smart Referer é totalmente invisível e não afeta em nada a navegação, portanto não há desculpas para não usá-lo.)

Outro inconveniente que encontrei é que o RequestPolicy pede confirmação para redirecionamentos de páginas, que em geral são inofensivos [citation needed], e não há uma opção para liberar redirecionamentos para todos os sites por padrão.

Como ponto positivo, se carrega menos porcarias ao acessar uma página, o que pode ter um efeito significativo quando se está usando um 3G da vida. (Além do benefício à privacidade, obviamente.)

No más.

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